quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Entrevista com André Fonseca
André Fonseca já foi co-produtor e diretor de programação do festival de cinema Mix Brasil. Atuou também como consultor associado da Pensarte e como gerente de comunicação e marketing da Brant Associados. Ajudou, ainda, a editar e colaborou com a revista eletrônica Cultura e Mercado. Hoje está à frente da Projecta, empresa de consultoria especializada no setor cultural, que trabalha com desenvolvimento, planejamento estratégico e gestão de ações, programas e projetos culturais (bem como na capacitação de profissionais para a
área).
No meio de tudo isso, André ainda consegue tempo para atualizar o blog Cultura em Pauta — com potencial para ser líder em seu segmento — e o podcast de mesmo nome, focado em bate-papos com profissionais da área. Nesta Entrevista, aborda desde a noção que se tem de cultura no Brasil ("Ainda permanece a visão da cultura enquanto 'festa', ou algo de menor importância") até o papel do governo, seu escopo e suas limitações ("O governo tem a responsabilidade de fomentar as áreas artísticas, mas não a de sustentar artistas").
André ainda fala da acomodação da classe: "Os artistas normalmente são muito inquietos e criativos quando o foco é a arte, mas são conservadores nos aspectos de gestão". Sem deixar, igualmente, o papel do empresariado de lado: "As empresas, no Brasil, ainda planejam suas
estratégias de comunicação e marketing de modo conservador, com base na mídia tradicional". Reposicionando, para completar, a cultura como investimento: "O investimento em cultura não pode ser encarado a curto prazo, pois não dá retorno imediato e dificilmente irá resultar em subseqüente aumento de vendas". — JDB
1. André, antes de falar da Projecta e do seu trabalho, eu queria começar com uma questão mais geral: por que a área de cultura, no Brasil, ainda é tão pouco profissional? É por causa da resistência dos nossos artistas ao capitalismo ou é pela falta de intimidade das nossas empresas, com os mecanismos de incentivo? Ou é, ainda, pela falta de políticas públicas mais bem definidas?
Acho que não podemos generalizar, mas concordo que boa parte do setor cultural ainda peca pela falta de profissionalismo, gestão e planejamento. Creio que uma possível explicação para isso resida em uma questão "histórica". Antes das leis de incentivo, quase não existiam cursos nessa área, os órgãos públicos de cultura tinham menos peso do que têm hoje, os investimentos no setor eram menores. Então a profissionalização acontecia meio que na prática, "na raça". O desenvolvimento mais consistente da área cultural no Brasil remonta à
segunda metade dos anos 90, quando a Lei Rouanet começou a se consolidar como principal mecanismo de financiamento à cultura no País. Com todas as críticas possíveis a esse incentivo (e eu mesmo faço várias), a Rouanet trouxe como uma de suas conseqüências um crescimento do setor, o que por sua vez, gerou a necessidade de mais profissionalização. Estamos, portanto, falando de um setor cujo desenvolvimento começou a ocorrer mais solidamente de uma década e pouco para cá. É recente, e ainda estamos dando passos no caminho de
uma maior profissionalização.
Mas é claro que esse contexto histórico não pode servir como única justificativa. Há alguns aspectos nos quais já deveríamos estar um pouco mais avançados. Quantas secretarias de cultura no País desenvolvem, de fato, políticas públicas? Quantas instituições culturais ou grupos artísticos implementam processos de gestão, avaliam seus resultados, fazem relatórios, buscam formar público, planejam estratégias de captação de recursos? Quantos indicadores e
pesquisas sobre a área cultural nós já temos? O próprio Ministério da Cultura... eu reconheço alguns belos avanços a partir da gestão do Gilberto Gil, mas, de modo geral, ainda ficamos mais no plano das "boas idéias" do que na transformação das mesmas em ações e programas.
Vejo muita discussão, muitos seminários pelo País todo, o que é fundamental quando se quer construir políticas públicas democráticas, com a participação da sociedade. Mas essas idéias e conteúdos precisam vir para o plano concreto. A Lei Rouanet continua desempenhando o
papel que deveria ser das políticas públicas, mas ela não foi criada para isso e jamais poderá resolver determinados problemas, como a centralização dos recursos. Sem contar que o Ministério é um órgão que enfrenta problemas muito sérios de gestão administrativa, que se
refletem em todo o setor. Diante de todos esses fatores, fica essa imagem externa (que muitas vezes é a interna também) de uma área bagunçada, mal administrada. A sua pergunta é um exemplo disso. Por outro lado, a cultura ainda é pouco vista por governos e sociedade
como tendo um papel fundamental e mesmo estratégico, na construção de políticas públicas. Ainda permanece a visão da cultura enquanto "festa", ou algo de menor importância. Essa limitação de visão também emperra alguns avanços. Mas acho que cabe ao setor cultural quebrar essa visão, só que para isso serão indispensáveis mais profissionalismo, planejamento e organização.
2. No nosso País, eu ainda sinto um ranço meio "heróico", até de mártir, pelo lado da classe artística. O que um artista, um grupo ou mesmo uma comunidade poderia ganhar conhecendo mais dos meandros da produção cultural? Faz sentido a reclamação, recorrente, de que "o governo não ajuda"?
Os artistas são criadores e produtores de arte e de cultura. Essa é a matéria-prima do trabalho deles. Para a grande maioria, falar de questões como gestão, captação de recursos ou elaboração de projetos, é quase como falar outra língua. Então talvez seja mais difícil para
eles essa adaptação a um novo cenário do setor cultural no Brasil, que pede mais planejamento e profissionalismo, inclusive na captação de recursos e na busca de caminhos que lhes possibilitem alguma sustentabilidade. A maioria não tem acesso ao dinheiro ou às empresas patrocinadoras, mas também não sabe trilhar o caminho até lá, ou pensar em outras fontes de recursos. Acabam ficando numa dependência constante de editais, o que é especialmente visível nos grupos de teatro e dança, por exemplo. É verdade que faltam mais mecanismos de financiamento direto do Estado que contemplem artistas e grupos, que não desenvolvem seus trabalhos e criações de acordo com as leis do mercado, ou que não têm a mesma visibilidade de artistas globais ou grupos mais consagrados. Por outro lado, por mais que se amplie esses mecanismos, eles nunca serão suficientes para atender a toda a demanda, e nem deveriam fazer isso. O governo tem a responsabilidade de fomentar as áreas artísticas, mas não a de sustentar artistas e grupos permanentemente, até porque a sua responsabilidade é com a sociedade e não com o bem-estar dos artistas. No entanto, o que eu
observo com freqüência no meio artístico é uma visão paternalista do Estado, como se este tivesse que abraçar e sustentar os seus artistas. Acham que o governo tem a obrigação de bancar seus projetos, como se fosse um grande mecenas. É uma visão equivocada e bastante distante da realidade do nosso cenário cultural. O governo ajuda. Não como deveria, mas, mesmo se fizesse isso, não bastaria. Mesmo que os editais com recursos orçamentários direto do governo fossem ampliados, o que fazer quando os projetos não forem selecionados?
Eu observo alguns grupos de ótima qualidade artística, com anos de estrada e reconhecimento crítico, que sobrevivem à custa desses editais e dos cachês de apresentações. Se não forem aprovados, não trabalham. Aí eles choram a falta de recursos, reclamam das injustiças da Rouanet... mas pouco fazem para sair dessa situação. Os artistas normalmente são muito inquietos e criativos quando o foco é a arte, mas são conservadores nos aspectos de gestão. Creio que precisam, com urgência, repensar seus modelos de atuação no mercado, e ter mais
visão de longo prazo. Precisam planejar sua gestão, desenvolver estratégias de captação de recursos, trabalhar ações de relacionamento com seus públicos de interesse, conhecer mais a fundo seu público. Não é fácil, mas existem caminhos e alternativas possíveis para que possam
alcançar mais sustentabilidade e a continuidade de seus trabalhos. Mas é comum eles colocarem uma certa resistência a utilizar essas ferramentas de gestão, como se isso poluísse a arte que produzem. Às vezes não entendem que essas ferramentas são voltadas para a
administração, e não para interferir na criação artística. E eles argumentam que não é função deles cuidar dessas questões, que não estão capacitados para isso... E eu entendo esse ponto de vista, mas isso não os impede de procurar assessoria, ou incluir em sua equipe gestores e administradores.
3. Pelo lado das empresas, eu vejo, basicamente, dois problemas. Ou a empresa ignora que possa incentivar a cultura ou, então, até sabe das possibilidades, mas não imagina o ganho que um movimento assim poderia trazer para sua marca. Qual é o seu conselho para a empresa que quer atuar nesse sentido?
Eu tenho a impressão de que as empresas no Brasil, no geral, ainda planejam as suas estratégias de comunicação e marketing de modo conservador, com base principalmente (ou às vezes unicamente) na mídia tradicional. O investimento em cultura não pode ser encarado a curto prazo. Não dá retorno imediato, e dificilmente irá resultar em aumento de vendas. E as empresas — e as suas agências de publicidade — ainda operam muito na esfera dos resultados imediatos ou daquilo que pode ser mais facilmente mensurável. Por isso o universo da cultura ainda é uma incógnita para muitas empresas. Só que a relação com o consumidor ocorre hoje em dia numa dimensão totalmente diferente do que era, por exemplo, quando eu me formei em marketing em 1993. O consumidor atual, por conta principalmente dessa revolução digital que ainda estamos presenciando, deixou de ser aquele mero receptor de mensagens
publicitárias manipuladas. Ele agora procura as mensagens que lhe interessam, ele seleciona. Isso é ainda mais visível entre as gerações mais jovens. Antes o consumidor era alvo da informação, agora ele está no centro disso. Ele pode ser produtor de conteúdo, e tem inclusive
desafiado os direitos autorais e o monopólio da comunicação.
Diante desse quadro — e eu não vou contar nenhuma novidade aqui — muda totalmente a maneira como as empresas e as marcas se relacionam com os consumidores. Os produtos e serviços estão cada vez mais padronizados e a mídia tradicional já não consegue mais dar conta desses novos desafios de comunicação. A publicidade hoje em dia também precisa
interagir com o consumidor, buscar uma conexão. Há a necessidade de novas estratégias, porque a relação com a marca se dá cada vez mais por valores intangíveis. O relacionamento com este novo consumidor passa pelo emocional. É por isso que as marcas estão atualmente em busca de criar "experiências" com seu público. Alguns especialistas definem nosso tempo atual como a "era do prazer", dentro da qual as pessoas buscariam compensações catárticas para as dificuldades do dia-a-dia. E os patrocínios culturais são uma excelente oportunidade
para se provocar essa experiência com o consumidor e essa relação emocional com a marca.
Não sei se estou em posição de dar conselhos a empresas que queiram investir em cultura. O que posso dizer é que esse investimento pode ser estratégico para a comunicação e para o valor do negócio, desde que esteja alinhado com os valores corporativos da empresa, entre
outras coisas. E que é uma ferramenta fundamental para provocar a interação da marca com seus públicos de interesse. Mas esses investimentos precisam ser pensados, planejados nesse sentido. E voltando ao conservadorismo nas estratégias de comunicação, acho que está na hora de as empresas entenderem esse investimento em cultura como parte integrante de suas estratégias de comunicação e marketing. E não como sinônimo de benefício fiscal, como vem ocorrendo no Brasil, por conta do mecanismo de funcionamento das leis de incentivo. As
empresas patrocinadoras ficaram mal habituadas... até quando não investem em cultura. Tem muita empresa de médio porte afirmando que não patrocina porque não pode utilizar a Lei Rouanet (que é restrita às empresas tributadas com base no lucro real). O que é uma visão
bastante estreita. Uma pesquisa feita este ano, sobre os hábitos de consumo dos brasileiros, revelou que, quando indagados sobre quais seriam suas perspectivas de gastos do que sobra das despesas mensais, 52% dos entrevistados afirmaram que gastariam em entretenimento fora de casa. Foi uma média maior do que a de qualquer outro segmento de gastos. Por aí você nota o potencial de retorno para os investimentos empresariais em cultura. Mas a maioria de nossas empresas ainda não acordou para isso...
4. E pegando um pouco, também, pelo lado das instituições: nós, como espectadores, vemos que falta, muitas vezes, até uma política coerente. Muitos ainda acham que é uma mera questão de ir "sacando o talão de cheques", mas, se não houver um norte, fica meio sem sentido, no final das contas, não fica?
De fato, o Brasil é marcado pela ausência de políticas públicas bem definidas para a cultura, e isso já vem de décadas. O Ministério da Cultura parece ter se acomodado nas leis de incentivo, que geram recursos maiores do que o próprio orçamento do órgão. E eles ainda não encontraram maneiras de terem fontes de recursos no mesmo patamar. Durante o governo Lula, tivemos algumas boas ações, como o programa Cultura Viva. O Gil tinha idéias avançadas para a cultura. Mas, na prática, pouco se fez. No ano passado foi lançado um programa
ambicioso chamado Mais Cultura, que ainda está quase todo no papel. Estamos no sexto ano de mandato, e no segundo ministro, e o Ministério continua promovendo encontros pelo Brasil para discutir mudanças na Lei Rouanet, assim como já fazia no início do primeiro mandato, só que até agora não houve nenhuma mudança substancial. É inegável que o Gil deu ao MinC uma dimensão simbólica e uma importância que a pasta nunca teve. Mas, em termos concretos, avançamos pouco. E essa clareza na definição de políticas públicas é essencial até para saber onde investir o dinheiro do orçamento. O Ministério pede aumento do orçamento, que de fato é pequeno, mas tem políticas claras para saber como alocar devidamente esses recursos?
Esse quadro também se desenha nas secretarias de cultura, embora nos últimos anos tenha sido possível observar avanços em alguns estados. Ceará e Minas Gerais, por exemplo, tiveram secretárias estaduais de Cultura que durante suas administrações pareceram realmente empenhadas em construir políticas públicas. O que já não se nota aqui em São Paulo, seja enquanto estado ou município. Qual é o norte da nossa Secretaria de Estado da Cultura, por exemplo? Para começar, quase não há diálogo com os municípios, o que é imprescindível para se construir uma política pública de cultura para o estado. E tem coisas que são
difíceis de aceitar. No início deste ano, por exemplo, foi anunciado um investimento direto de R$13 milhões na criação da São Paulo Companhia de Dança. Até aí, tudo bem. O problema é você observar que, para todo o restante da área de dança, foi destinado, neste ano, um
total bastante inferior de R$2,8 milhões, através de editais, sendo que R$1 milhão será destinado para projetos com aprovação na Rouanet e que serão selecionados pela Secretaria, mas patrocinados por empresas... Que política cultural é essa, em que você aposta todas as
fichas na criação de uma nova companhia, continua deixando as outras quase à margem, e parte do orçamento ainda vem pela Rouanet? E, no âmbito municipal, o cenário é ainda mais complicado. Dificilmente você vê secretários municipais de cultura escolhidos pela sua experiência na área. As seleções dos nomes costumam ter motivações políticas, e o
resultado são secretários sem conhecimento do setor, e o que é pior: sem nenhum compromisso ou mesmo interesse no desenvolvimento da cultura.
A mesma lógica vale para os investimentos empresariais. São poucas as empresas que definem uma política de patrocínio. A maioria investe de modo pontual, sem nenhum tipo de planejamento, sem integrar essas ações às suas estratégias de comunicação. Fica difícil ter resultados quando os investimentos são feitos dessa maneira...
5. Você teve uma larga experiência na área... — qual foi, portanto, a sua motivação para montar a Projecta e o que ela vai trazer de novidade, se formos considerar as suas experiências anteriores com planejamento, desenvolvimento e consultoria em projetos e ações culturais?
A Projecta atua com cinco segmentos de público: empresas, secretarias de cultura, grupos culturais, instituições e produtores culturais, sendo que os serviços e modelos de atuação são diferentes para cada um deles. Minha motivação principal, ao abrir a empresa, foi tentar
contribuir para o maior desenvolvimento e profissionalismo do setor cultural, disponibilizando as experiências e conhecimentos que adquiri no decorrer dos anos em alguns segmentos dessa área. Chegou um momento da minha carreira em que percebi que esses conhecimentos poderiam ser mais úteis se posicionados a serviço da área como um todo do que a serviço de uma única empresa, trabalhando eu nela como funcionário.
A Projecta tem um compromisso — não somente profissional, mas também ideológico — com o desenvolvimento do setor. É uma das razões para que um dos focos de atuação seja as secretarias de cultura, especialmente as municipais. Porque no interior dos estados a carência por profissionalização e capacitação pode ser ainda mais nitidamente sentida, e há poucas empresas ou profissionais atuando com esses órgãos nesse sentido. Também há um compromisso de não trabalhar em cima de fórmulas prontas, o que considero mais adequado ao dinamismo e à constante mutação que são características naturais do setor cultural. Mas vale lembrar que a Projecta agrega a experiência de outros profissionais.
6. Eu gostei do fato de que, além de atuar nos "bastidores" — junto a produtores, empresas e instituições —, você assume uma postura ativa, no meio cultural, e especialmente, agora, através do seu blog Cultura em Pauta. Parece que você não se contenta em ser um profissional da área, mas quer, também, participar da discussão. Estou certo?
Eu acho fundamental acompanhar as discussões e debates da área, conhecer outras experiências, trocar idéias com outros profissionais. Tento participar disso tudo o máximo que posso.
O blog surgiu de uma inquietação pessoal por encontrar muito pouco espaço na mídia — mesmo na internet — sobre cultura enquanto política e setor. Então resolvi criar um blog que pudesse contribuir, ainda que modestamente, para o aumento desse espaço. Eu tento provocar alguma reflexão a partir de temas que foram pouco comentados pela mídia ou tiveram pouca repercussão mesmo dentro do setor cultural. Claro que o viés acaba sendo pessoal e um pouco opinativo, tanto que exponho ali algumas das minhas próprias inquietações e incertezas profissionais — resultado de trabalhar numa área que é um desafio permanente. Há também um caráter informativo, pois o blog também funciona como um
canal onde o leitor poderá encontrar informações sobre editais e eventos, por exemplo. Mas não é um veículo jornalístico, portanto não tenho nenhum compromisso em dar notícias em primeira mão ou comentar o "assunto do dia". É um blog recente, então ainda estou experimentando algumas coisas e sentindo as reações...
7. Gostei, igualmente, do podcast. Você foi muito corajoso em investir num formato que ainda é considerado "novo", no Brasil (talvez porque, ao contrário dos blogs, ainda não estourou"...). O seu projeto parece bem ambicioso, na intenção de conversar com os principais agentes do nosso meio. Fale um pouco do podcast e se houve alguma inspiração para criá-lo.
Engraçado você achar isso corajoso, pois esse formato já está tão difundido mundialmente que eu ficava me perguntando porque ainda não tínhamos, aqui no Brasil, um podcast voltado para o setor cultural. Então resolvi eu mesmo produzir um de modo totalmente independente,
aproveitando a tecnologia digital e esse potencial fabuloso da internet de ampliar o acesso à informação. Mas não houve uma inspiração em especial. Cada programa é um bate-papo com um especialista ou profissional da cultura, em diferentes áreas. É uma conversa propositalmente longa, para que os temas não sejam tratados de forma superficial. Todo programa, além de poder ser ouvido on-line, fica disponível no blog para download gratuito. Pode ser uma boa maneira de enfrentar o trânsito ou a esteira da academia (risos)... A idéia é criar uma espécie de banco de dados sobre o setor cultural — mas filtrado pelo ponto de vista desses especialistas, que têm bagagem e experiência na área, as quais merecem ser conhecidas e compartilhadas — especialmente pelos profissionais da área que estão longe dos grandes centros e que, por isso, têm menos oportunidades de ouvir essas pessoas...
8. Você ressalta, ainda, que a grande mídia — para variar — não aborda todas essas questões. A impressão é de que, mesmo em termos culturais, ela fica muito focada no produto final, no que é "comercializável" ou no que tem um valor imediato de "divulgação"... Como reverter esse quadro?
Na verdade, a escassa cobertura de políticas culturais no Brasil não acontece somente na grande imprensa. Ela se repete nos veículos mais independentes ou mesmo na internet, onde normalmente se encontram sites e blogs sobre quase qualquer assunto que se possa imaginar... Contudo, você conta nos dedos os sites que se dedicam a essa cobertura cultural quando ela não é produto ou evento. Não sou jornalista, mas arrisco mencionar alguns fatores que, somados, talvez possam explicar um pouco essa situação: preguiça jornalística; falta de cobrança do público leitor; pouquíssimos jornalistas realmente aptos a falar de
cultura enquanto política; influência das assessorias de imprensa e da indústria cultural na definição de pautas; revistas e jornais que subestimam seus leitores; jornalistas culturais que preferem agir como "críticos de arte" do que como verdadeiros jornalistas. Como reverter
esse quadro? É provável que a resposta passe por uma questão sobre a qual eu falei no começo da entrevista: a cultura no Brasil ainda não é vista como algo fundamental e transversal. Se algum dia nossa sociedade e governos chegarem, de fato, a essa compreensão, a imprensa deverá acompanhar a mudança de visão...
9. Queria que você contasse como a sua formação — desde a graduação em comunicação social com habilitação em marketing pela ESPM — te ajudou a chegar onde chegou...
Minha formação em marketing me ajudou no sentido de me trazer uma visão de mercado que muitas vezes é útil em alguns trabalhos e consultorias, mas não me ajudou a construir uma carreira na área cultural. Essa construção eu fui fazendo por minha conta, a partir do momento em que tive minha primeira experiência profissional nessa área (em 1997) e decidi que era mesmo nesse setor que eu queria atuar... A partir disso, fui atrás de cursos de especialização, de informações, de pesquisar efetivamente o setor... Mas, quando entrei para a faculdade em 1990, era impossível pensar, formalmente, em ter uma "carreira" no setor cultural. Porque não havia cursos, não havia onde buscar informação, não se falava de "profissões" nessa área. Eu
adoraria ter me graduado em gestão cultural, por exemplo. Mas se ainda hoje não existe um curso de graduação nessa área, aqui em São Paulo, imagine em 1990...
10. Queria que, para terminar, você desse alguns conselhos a jovens que estão te lendo agora e que, justamente, pensam em atuar nessa área em que você hoje atua...
Quanto aos jovens ingressando na área... Bem, eu não sou muito fã de dar conselhos (risos), mas posso dizer que esse setor pede cada vez mais profissionais com perfis multidisciplinares. Por isso eu acho importante tentar definir um foco de atuação (produção, gestão, pesquisa etc.), mas, ainda assim, buscar conhecimentos em outros segmentos. Acho fundamental fazer cursos, ir a seminários e debates, ler muito, pesquisar temas específicos... a bibliografia sobre o setor cultural no Brasil ainda é pequena, mas na internet é possível encontrar materiais muito bons e diversificados. E acho que alguém que trabalha com cultura não pode estar desconectado da produção cultural.
Via: digestivo cultural
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
80 anos de Usina do Gasômetro - Exposição resgata história do espaço cultural
A inauguração oficial da exposição é às 19h, mas as atividades, reunindo os grupos que ocupam atualmente o local, vão ocupar a Usina (Av. Pres. João Goulart, 551) com capoeira, música, teatro, dança a partir das 16h45min.
Resultado da promoção "Cândida"
Quem ganhou um par de ingressos para assistir ao espetáculo foi a Lolita Beretta.
Lolita, aguarde que um email será enviado para você com as instruções para retirar seus ingressos.
E para quem não ganhou o par de ingressos e quer curtir a peça, seguem as informações sobre os ingressos:
Ingressos a partir de 12/11
Bilheteria do Teatro do Bourbon Country
Horário de atendimento das 14h às 22h de segunda a sábado.
Telentrega Opus (51) 8401.0555
Horário de atendimento das 9h às 19h de segunda a sexta.
Preço - 1° Lote Promocional
Galerias - R$ 40,00
Mezanino - R$ 60,00
Platéia Alta - R$ 60,00
Platéia Baixa - R$ 70,00
Camarote - R$ 90,00
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
INSCRIÇÕES PRORROGADAS!
http://www.unisinos.br/vestibular/
Cultura para todos
O projeto prevê a recuperação da sala de cinema do Imperial, com 670 lugares, além de espaço para museu, exposições, camarins, cafeteria, livraria, salas administrativas e multimídia. A área destinada ao centro cultural será de 6.307 metros quadrados. O custo do novo centro será de R$ 24 milhões, e os recursos virão do póprio banco.
A partir da assinatura do contrato, a instituição tem 15 meses para entregar a obra.
Também no dia 19 foi apresentado em Porto Alegre o mais novo projeto do governo federal o programa Mais Cultura, criado para para fomentar projetos e financiar a implementação de aparelhos culturais. O orçamento do Mais Cultura é de R$ 4,7 bilhões, que deverão ser investidos em cultura até 2010.
Até agora, 16 Estados assinaram o convênio com o Minc, que prevê recursos para as ações do programa. Mesmo sem ter aderido ainda, o Rio Grande do Sul já tem garantido R$ 7,37 milhões e o governo gaúcho tem até o final de dezembro para ter a sua inclusão no orçamento de 2009.
Oficina de Cinema Por Dentro da Trama
básicos que compõem a linguagem cinematográfica, processos de criação, produção e estratégias narrativas que tangem uma direção cinematográfica.
Para iniciados ou curiosos, a oficina Por Dentro da Trama tem o objetivo de desenvolver o olhar sobre a sétima arte, ensinando-os a identificar o que caracteriza um bom filme. E além da Direção Cinematográfica, a oficina segue com os módulos sobre Trilha Sonora em janeiro, Direção de Arte em fevereiro e Cinema e Artes Plásticas em março.
Cada módulo será realizado de forma independente, tendo um filme em comum como fio condutor. O valor da inscrição é R$ 200,00 por módulo, com desconto para associados do Sinpro-rs, IPA, Associação de Críticos do RS e APTC. Mais informações sobre o curso, professores ou inscrições podem ser adquiridas no site www.curtacircuito.com.br ou pelo telefone 3024-2337.
A Oficina de Cinema Por Dentro da Trama faz parte do projeto Olhares da produtora Curta o Circuito. Tem apoio cultural da Videolocadora Shineon e apoio institucional do Sindicato dos Professores do RS - Sinpro-rs, CentroUniversitário Metodista - IPA, Associação de Críticos de Cinema do RS, Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos - APTC, Museu Julio
de Castilhos e Secretaria de Estado da Cultura.
SERVIÇO:
O que: Oficina de cinema Por dentro da Trama: Módulo Análise da Direção
Cinematográfica
Data: 29 de novembro a 20 de dezembro
Local: Museu Julio de Castilhos
Dias e hora: aos sábados| 14h às 16h
Público-alvo: não há pré-requisito.
Contato: Isabel Ferlini – T: (51) 3024-2337
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Depoimento do Professor
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Cinema no Santander Cultural
Para concorrer, responda a pergunta: "EM QUE ANO FOI CRIADA A CASA DE CINEMA DE PORTO ALEGRE?"
Boa Sorte!
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Inscreva-se já! Curso de Gestão Cultural Unisinos
Você ainda tem 07 dias para se inscrever no vestibular para o Curso de Gestão Cultural da Unisinos.
Como a cultura e os processos culturais são centrais na sociedade em que vivemos, é fundamental um formação consolidada para quem quer ser gestor cultural. O curso entende a cultura como um conceito mais amplo, que engloba as obras de pensamento, as obras de arte, os valores imaginários, os comportamentos, as crenças, as institucionalidades, as práticas cotidianas e os modos de vida.
Inovador, o curso oferece uma carreira diferenciada daquelas já existentes no mercado. A formação técnico-profissional oferecida pelo curso possibilita o empreendedorismo, o destaque e a liderança na ocupação de posições tático-operacionais nas diferentes áreas da cultura e nos diferentes espaços de intervenção profissional.
A parceria com o Santander Cultural expande as possibilidades dos alunos viverem práticas de gestão cultural. Isso permite maior realização de visitas técnicas, práticas e estágios, a participação em palestras e seminários, tornando os espaços do Santander Cultural um campo privilegiado de estudos e de práticas culturais e educacionais.
O curso tem duração de seis semestres, com 1.920 horas/aula, com matrícula mínima em 180 horas/aula por semestre. As aulas são realizadas em turnos variados procurando atender as especificidades dos interessados e acontecem em São Leopoldo - no câmpus da Unisinos - e no Santander Cultural, em dias alternados.
Clique e inscreva-se!
Opinião do aluno
Ouça abaixo o depoimento de Leida:
"Aprenda a Organizar um Show"
O produtor cultural que atua na cena independente Alê Barreto lançou na internet o livro “Aprenda a Organizar Um Show”. Trata-se da primeira publicação no Brasil sobre a tecnologia de produção de shows musicais voltada para músicos e produtores iniciantes e têm por objetivo contribuir para o desenvolvimento da cadeia produtiva da economia da cultura.
O conteúdo está sendo distribuído em fascículos através do site colaborativo Overmundo, escolhido pelo fato de ser um canal de expressão criado para dar visibilidade à diversidade da produção cultural brasileira. Desde outubro de 2007 foram feitos 47.314 downloads dos fascículos do livro.
“Aprenda a Organizar um Show” trata em linguagem direta e acessível temas como perfil do produtor executivo, definição da data e do local do show, cronograma de atividades, divulgação, recolhimento de direitos autorais, credenciamento, bilheteria, passagem de som, desmontagem, avaliação e registro do projeto, entre outros.
Creative Commons Brasil
O Creative Commons Brasil é um projeto sem fins lucrativos que disponibiliza licenças flexíveis para obras intelectuais. Com a licença Creative Commons, autores e criadores podem permitir o uso de suas obras de maneira muito mais flexível.
Eles podem decidir como e sob quais condições seus materiais podem ser utilizados. A idéia é fazer com que um autor/criador permita uma utilização mais ampla de seus materiais, mas sem infringir as leis de proteção à propriedade intelectual.
Com a licença Creative Commons um compositor, por exemplo, pode permitir que outros artistas utilizem algumas de suas composições criando uma mistura de ritmos. Ou um escritor pode disponibilizar um texto e permitir que outros autores o utilizem, seja publicando, seja utilizando parte do conteúdo em outro texto ou o original.
A licença Creative Commons dá mais liberdade de uso à obra, mas não tira do autor original a possibilidade de geração de renda: ele pode cobrar pelo uso do texto no caso de atividades comerciais.
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MAIS INFORMAÇÕES NO SITE: www.creativecommons.org.br
PRÊMIO CULTURA VIVA
O Prêmio Cultura Viva é uma iniciativa do Ministério da Cultura (MinC), com patrocínio da Petrobras e coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), que integra o conjunto das ações do Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania – Cultura Viva.
Lançado em 2005, o Prêmio Cultura Viva tem como objetivo mobilizar, reconhecer, fortalecer e dar visibilidade às iniciativas culturais que ocorrem em todo o território brasileiro, de modo a favorecer o conhecimento da riqueza e da diversidade cultural do País.
Cada edição do Prêmio apresenta um tema, mote direcionador para a mobilização. Os temas já desenvolvidos – “Cultura e Cidadania” e “Cultura, Educação e Comunidade” – traduzem e difundem conceitos propostos pelo Programa Cultura Viva, sensibilizando a sociedade para as diretrizes formuladas pelo MinC.
A primeira edição do Prêmio buscou reconhecer, estimular e dar visibilidade às iniciativas que valorizam a cultura como meio de consolidação da identidade e de construção da cidadania. Lançada em dezembro de 2005 e desenvolvida no primeiro semestre de 2006, essa edição totalizou 1492 inscrições válidas, alcançando mais de 500 municípios brasileiros.
Essas inscrições foram analisadas e selecionadas por 119 avaliadores de todo o País, grupo composto por perfis diversificados de profissionais do campo da cultura, incluindo representantes de governos, de universidades e da sociedade civil.
A segunda edição, realizada em 2007, foi dirigida a práticas culturais e educativas desenvolvidasna e com a participação ativa da comunidade, valorizando o trabalho conjunto de educadores e de outros agentes da comunidade na oferta de atividades culturais.
Contando também com o apoio do Canal Futura, essa edição totalizou 2683 iniciativas inscritas, vindas de 874 municípios brasileiros. Essas inscrições foram analisadas e selecionadas por 302 avaliadores de todo o País.
A partir de 2008, o Prêmio Cultura Viva apresenta um projeto de formação que se intercala ao processo de inscrição, avaliação e seleção das iniciativas. Encontros presenciais e a distância serão oferecidos para os representantes das 100 iniciativas semifinalistas da primeira edição (2005/2006), 120 semifinalistas da segunda edição (2007) e 120 Pontos de Cultura contemplados com o Prêmio Escola Viva (2007). Neste projeto de formação convidamos as iniciativas participantes a percorrer caminhos e trilhas, registrar suas vivências e construir uma reflexão compartilhada. Suas experiências e observações, consideradas durante todo o processo de formação, podem se constituir em conteúdo de apoio para a retomada dos temas trabalhados com os demais integrantes da sua iniciativa, proporcionando um convite a novos olhares e idéias. Essas atividades serão realizadas no período de novembro de 2008 a maio de 2009.
Para mais informações acesse: www.premioculturaviva.org.br
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Novo chat da Petrobrás
Assim, será feita uma nova a rodada de chats. Você terá mais uma oportunidade de conversar com os coordenadores das áreas de Seleção Pública, com o Instrututor da Oficina de Formatação de Projetos da Caravana Petrobras Cultural e com a Gerente de Patrocínios sobre o maior programa de patrocínio cultural do país.
No dia 27 de novembro, a sala de bate-papo do PPC está reservada para a Gerente de Patrocínios da Petrobras, Eliane Costa, e o Instrututor da Oficina de Formatação de Projetos da Caravana Petrobras Cultural, Antônio Leal.
Os primeiros 30 minutos, com Eliane Costa, serão dedicados a assuntos gerais do PPC. Em seguida, Antônio Leal estará disponível para dar orientações sobre os regulamentos e formulários de inscrição das Seleções Públicas de Produção e Difusão.
O chat começa às 15h e terá duração de 2h.
Não perca essa chance. Para participar, acesse o site do PPC no momento do chat: www.petrobras.com.br/ppc.
E fique ligado! Nos dias 02, 04 e 09 acontecerão outros chats da Petrobrás! Agurade!
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Promoções para todos os gostos
Ironia e irreverência marcam as personagens centrais, que inclui ao enredo um tom de inteligência. A natureza da fé religiosa, o embate Socialismo versus Capitalismo, a decadência da nobreza e a Londres da era vitoriana também estão presentes na obra. A peça tem trilha original composta por Fernanda Maia e preparação de atores de Inês Aranha.
Para concorrer a um par de ingressos para o espetáculo, basta responder: QUEM CUIDA DA ADMINISTRAÇÃO DO TEATRO DO BOURBON COUNTRY?
Envie sua resposta, nome completo e telefone para contato para o e-mail: gestaoculturalpromocoes@gmail.com
A exposição foi dividida em 4 eixos: street fine art, mauditos, beautiful losers e intervencionistas. A beautiful losers é uma coleção de 27 obras de artistas integrantes da mostra itinerante Beautiful Losers, um dos mais significativos eventos de cultura urbana e arte contemporânea já produzidos, que iniciou suas atividades em março de 2004 no Contenporary Arts Center de Cincinnati (EUA). Organizada de maneira histórica, a coleção apresenta o trabalho de artistas que foram determinantes para pó desenvolvimento do atual cenário cultural urbano.
Agora que você já sabe mais sobre a sessão beautiful loosers, manda um email para gestaoculturalpromocoes@gmail.com com sua resposta, nome completo e telefone para contato: QUEM FOI O CURADOR DA MOSTRA BEAUTIFUL LOSERS? e concorra a dois livros da exposição TRANSFER – cultura urbana.arte contemporânea.transferências.transformações, lançados ao final da mostra. Participe!
Laura Dalla Zen
Ouça o depoimento da Laura Dalla Zen, Mestre em Gestão Cultural pela Universidad Carlos III de Madrid, produtora cultural da Tekne Projetos Culturais e professora do curso de Gestão Cultural da Unisnos
Nascida em Porto Alegre, RS, Laura é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e Mestre em Gestão Cultural pela Universidade Carlos III de Madrid.
Nos últimos anos trabalhou No Greêmio Náutico União, na Elaboração do Relatório de Ações Sociais de 2007 do clube; no Instituto Cervantes de Madrid (Espanha) como Colaboradora da Área de Artes Plásticas e Arquitetura no Departamento Cultural da instituição, auxiliando na coordenação das exposições que itineram pelos Centros Cervantes, realização de memórias das mesmas, colaborações diversas com a Direção do Departamento; na Associação Hablar en Arte (Espanha), na Realização de entrevistas e comentários radiofônicos no programa Hablar en Arte, veiculado pela Rádio Círculo de Bellas Artes (100.4 FM) – Madrid. Atualmente trabalha na Tekne Projetos Culturais como Produtora cultural na Concepção, elaboração e realização de projetos na área de Artes Plásticas.
Laura também participou de eventos como o 3° Fórum Nacional de Museus em Florianópolis, da Institucionalización de la Cultura y Gestión Cultural no Ministerio de Cultura de España, do Seminário “Cidade: comunicação, formas e percepção”, com Massimo Canevacci na FABICO – UFRGS, do VI Salão de Extensão da UFRGS, entre outros.
Concurso cultural
As inscrições poderão ser feitas de 10 a 21 de novembro de 2008 somente para pessoas físicas.
Acesse o edital clicando aqui.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Judas Priest: PROMOÇÃO PRORROGADA!
TEIA 2008: Iguais na diferença
Entre os dias 12 e 16 de novembro de 2008, Brasília será palco de um grande evento: o TEIA 2008, o maior encontro da diversidade cultural brasileira. O evento será realizado em vários espaços culturais da cidade e trará para a capital da República uma grande mostra da imensa diversidade cultural do país, além de reunir integrantes de mais de 800 pontos vinculados ao Programa Cultura Viva, da Secretaria de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura (SPPC/MinC). O fórum da TEIA 2008 tem como principais objetivos fortalecer o Sistema Nacional de Cultura, consolidar a TEIA como espaço político-cultural dos Pontos de Cultura, fomentar a construção de marcos legais que reconheçam a autonomia e o protagonismo cultural do povo brasileiro e debater os avanços e desafios na gestão compartilhada do programa Cultura Viva.
A programação conta com uma série de shows e espetáculos culturais a serem apresentados pelos Pontos de Cultura e de um cortejo cultural pela Esplanada dos Ministérios, além da realização do II Fórum Nacional dos Pontos de Cultura, que este ano debaterá o tema Iguais na Diferença, relacionando Cultura e Direitos Humanos. As atividades do fórum têm início no dia 12, quarta-feira, e serão realizadas no auditório do Museu Nacional da República, localizado na Esplanada dos Ministérios.
Confira a programação completa do evento no site oficial: http://www.teia2008.org
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Chat da Petrobras
No próximo chat sobre a nova edição do Programa Petrobras Cultural você vai conversar com Claudio Jorge, responsável pelo setor de Seleção Pública de Música. Estão abertas as seguintes áreas na Seleção Pública de Música: gravação e circulação de música com disponibilização em CD, gravação e circulação de música com disponibilização na internet, circulação de shows/concertos de música brasileira e festivais de música.
O chat vai acontecer na quinta-feira, dia 6 de novembro, das 15 horas às 16h30. A primeira meia hora está reservada para Eliane Costa, Gerente de Patrocínios, responder a questões gerais do Programa Petrobras Cultural e a hora final será dedicada especialmente a dúvidas quanto a formatação dos projetos.
Não perca essa chance. Para participar, acesse o site do PPC no momento do chat: www.petrobras.com.br/ppc
E anote na agenda: outros chats acontecerão em novembro. Acompanhe a programação no site do PPC. Fique atento também a Caravana Virtual, onde você também pode tirar dúvidas e saber mais sobre o programa: http://www.hotsitespetrobras.com.br/ppc/caravana-virtual.html.
Liliana Magalhães
Ouça o depoimento de Liliana Magalhães, Superintendente do Santander Cultural e professora do curso de Gestão Cultural da Unisinos na disciplina de Gestão cultural e análise de setores culturais.
Nascida no Recife, Liliana Magalhães tem formação em Arte Educação pela Universidade Federal de Pernambuco, com especialização em Arte pelo Instituto de Arte Contemporânea de Londres e em Comunicação e Marketing pela Fundação Getúlio Vargas.
Atuou na Fundação Joaquim Nabuco, nos movimentos de representação de classe e como empresária nas áreas de publicidade, entretenimento e cultura em Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Na direção da Secretaria de Cultura de Olinda desenvolveu importante programa de revitalização e desenvolvimento econômico e cultural para a cidade.
Residiu no Rio de Janeiro por quatro anos, tendo atuado na Fundação Roberto Marinho como responsável pelo marketing estratégico da instituição e dos projetos culturais de patrimônio, educação e meio-ambiente e colaborou na implantação de projetos em Porto Alegre (Memorial do Rio Grande do Sul e Anfiteatro Pôr-do-Sol). Pela UNESCO, implantou o programa Escola de Paz em 220 Cieps, em parceria com o Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Há seis anos residindo em Porto Alegre, está à frente do Santander Cultural, onde é responsável pela implantação e pelo do projeto de expansão da instituição, além da criação e desenvolvimento de programas e projetos nas áreas de artes visuais, cinema, música, educação e comunicação – agregando centenas de colaboradores e 945 parceiros de todo o País e do exterior.
Faz parte do Conselho de Administração da Fundação Bienal do Mercosul desde 2003 e do Conselho de Proponentes do Prêmio Cultura Viva 2007 do Ministério da Cultura. Foi homenageada pelo COMPACH - Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural pelo seu trabalho em benefício do patrimônio de Porto Alegre. Recebeu ainda em 2005, o título de cidadã honorária de Porto Alegre, concedido pela Câmara Municipal.
Vem desenvolvendo intenso trabalho voltado à discussão e ao debate da gestão na área da cultura e do marketing cultural em diversas iniciativas, destacando-se o Seminário Internacional em Economia da Cultura, realizado pela Fundação Joaquim Nabuco, em Recife e palestra na Câmara Americana de Comércio – AMCHAM, onde falou sobre “Marketing Cultural e Ações Culturais como Estratégia de Marketing”. Falou ainda sobre o papel do Santander Cultural no desenvolvimento socioeconômico de Porto Alegre na Conferência Mundial da Cidades, na PUCRS, e sobre "Práticas e Tendências do Marketing Cultural” no primeiro fórum sobre o conjunto das atividades de marketing cultural no Brasil realizado pela ABA - Associação Brasileira de Anunciantes. Recentemente, foi a representande da América Latina no Summit 2008, encontro da Aliança Mundial de Educação, que aconteceu em Taipei em junho.
Promoção
Os fãs de heavy metal receberão uma das maiores bandas do gênero este mês em Porto Alegre, a Judas Priest. Formada pelo cantor Robert Halford, os guitarristas Glenn Tipton e K.K Downing e o baterista Scott Travis, a banda está em turnê para lançamento do seu novo álbum, Nostradamus. O disco duplo tem inspiração nas previsões do profeta francês e o espetáculo traz uma experiência musical repleta de luz, sombra, drama, melodia e emoção, em um verdadeiro apocalipse.
O show acontece no dia 12 de novembro, quarta-feira às 21h, no Teatro do Bourbon Country.
Telentrega Opus (51) 8401.0555
Horário de atendimento das 9h às 19h de segunda a sexta.
RESPONDA E GANHE:
Quais as 05 empresas que mais investiram em cultura através de leis de Incentivo em 2007 no Brasil?
As repostas devem ser enviadas para o e-mail blogdacultura@gmail.com até o dia 10 de novembro.
domingo, 2 de novembro de 2008
Conheça o curso | Gestão Cultural
Módulo 1 – Cultura, História e Sociedade (300h/a)
Este módulo aborda a construção da identidade do gestor, que requer atenção e respeito aos distintos processos culturais. Discute o conceito de cultura, considerando as contribuições da Filosofia, da Antropologia, da História, da Sociologia, entre outras áreas do conhecimento. Oportuniza a reflexão, a análise e o debate de idéias sobre os aspectos culturais das distintas sociedades.
Módulo 2 – Cultura, Desenvolvimento e Políticas Culturais (300h/a)
Este módulo analisa a organização de instituições públicas e privadas vinculadas à cultura e suas relações na gestão de projetos. Discute a relação gestão e políticas culturais com as tecnologias no campo da produção e da democratização da cultura.
Módulo 3 – A Gestão Cultural Estratégica (300h/a)
Este módulo discute a perspectiva global da organização de projetos, considerando aspectos como planejamento e direção estratégica, tecnologias de informação e documentação para a gestão cultural.
Módulo 4 – Cultura, Gestão Econômica e Financiamento (300h/a)
Este módulo desenvolve conhecimentos na área da gestão orçamentária e financeira, captação de recursos e da avaliação e do controle de qualidade de projetos. Procura-se sensibilizar o aluno para buscar a eficácia da gestão, agenciando a captação de recursos para projetos no campo do desenvolvimento cultural para instituições, organizações e associações de pessoas físicas.
Módulo 5 – Cultura e a Gestão de Projetos Culturais (300h/a)
Este módulo, através de conhecimentos relacionados com as áreas econômica, administrativa e da comunicação, propõe que o aluno elabore um projeto que consistirá na realização de uma ação cultural no seu âmbito de circulação, partindo da redação do projeto até a captação de recursos. O objetivo é preparar o aluno para a sua inserção no mercado de trabalho como gestor cultural.
Módulo 6 – Práticas de Gestão Cultural (300h/a)
Este módulo propõe que o aluno realize um evento cultural em âmbito local, através da mobilização e aplicação das competências desenvolvidas nos módulos anteriores: viabilidade técnica, financiamento de recursos e seu controle econômico, aspectos jurídicos e apresentação pública de projetos e de práticas culturais.
Faça o download da grade curricular do curso de Gestão Cultural em formato PDF.
A grade curricular é referente a oferta de 2008/2, aguarde a divulgação da grade curricular para 2009/1.
Cada módulo é formado por unidades curriculares, sustentadas por bases tecnológicas e competências profissionais. Seu foco é o da tecnologia diretamente ligada à produção e gestão de bens e serviços. Cada módulo é organizado e ofertado de modo a permitir um tipo de formação diferenciada em um mesmo programa de graduação (assistente, e tecnólogo), e a certificação intermediária habilita o estudante a desempenhar determinadas atividades específicas no mundo do trabalho.
Além dessas atividades, o currículo do Curso de Gestão Cultural inclui 120 horas de atividades complementares.